Terça marcou a apresentação de referências dos países nas áreas de Análise Variacional, Otimização e Resolução de Problemas de Autovalores Lineares e Não-Lineares
O segundo dia do Encontro Conjunto Matemática Brasil-China foi recheado de atividades no JL Hotel by Bourbon, em Foz do Iguaçu. O evento é organizado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), pela Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC) e a Sociedade Chinesa de Matemática. O evento ocorre até a próxima sexta-feira (21).
Quem começou os trabalhos na Sala Brasil, nesta terça-feira (18), foi o pesquisador Xin Liu, membro da Academia Chinesa de Ciências. Com PhD em Matemática Aplicada pela Universidade de Donghua, ele trouxe à tona para discussão temas de pesquisa que o tornaram uma das maiores referências do país asiático na área de Ciências Exatas e da Terra.
Liu destacou as Teorias de Métodos Numéricos para Problemas de Otimização com restrições de Ortogonalidade, incluindo Resolução de Problemas de Autovalores Lineares e Não-Lineares. Houve tempo para o pesquisador responder as dúvidas dos ouvintes que lotaram o auditório desde às 8h30.
Na sequência, foi a vez da pesquisadora Claudia Alejandra Sagastizábal falar ao público. A matemática integra a equipe do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Sua vasta experiência em Matemática Industrial e Aplicada, com ênfase em Otimização, norteou sua apresentação, que atraiu os olhares de brasileiros e chineses no público.
O foco de Claudia se baseou em três vertentes de sua linha de pesquisa: Análise Variacional, Otimização Não-Linear e Programação Estocástica. A experiência de acompanhar o Encontro pela primeira vez presencialmente deixa Júlia Guizardi impressionada.
Aluna de mestrado da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Júlia admitiu que os dois primeiros dias de evento foram suficientes para enriquecer ainda mais sua linha de pesquisa.
“É uma experiência muito enriquecedora. Poder conversar com pessoas diferentes, de países distintos, expor meu trabalho, ouvir a opinião dos outros, tudo isso é muito gratificante. Eu já agreguei detalhes para a minha pesquisa com o que já ouvi e espero agregar mais. Às vezes, olhamos para uma palestra e há algo que passou despercebido que acaba sendo importante. E espero conhecer trabalhos interessantes de outras pessoas até o fim do evento”, opinou a estudante, que vai completar seu mestrado em Matemática na Universidade de São Paulo (USP).
Quem também aprovou as atividades do Encontro até aqui foi Quin Chen, da Universidade de Wuhan, na China. O pesquisador viajou metade do globo para acompanhar as palestras em Foz, em parte inspirado por um grande precursor da literatura matemática brasileira.
“Eu acho que é um evento magnífico para matemáticos de ambos os países. Na verdade, para mim, quando eu era aluno, quase 40 anos atrás, estudei lições de Geometria Diferencial de um livro de um professor brasileiro chamado Manfredo (Perdigão) do Carmo. Para você ver o quanto o trabalho dos matemáticos brasileiros é muito bom ao longo dos anos”, recordou Chen, que foi protagonista de uma sessão temática na última segunda-feira (17).
O período da tarde foi marcado pela exposição de novas sessões temáticas, entre elas a do Professor Sérgio de Moura Almaraz, chefe do Departamento de Matemática Aplicada da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O Encontro Conjunto de Matemática Brasil-China tem como patrocinadores o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a Fundação Araucária, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
A programação completa do Encontro, que vai até a próxima sexta-feira (21), está disponível no site oficial do evento.