A Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) lamenta o falecimento do físico, pesquisador e professor universitário brasileiro Herch Moysés Nussenzveig. Professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Moysés era membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e tinha 89 anos.
Conhecido por seus trabalhos em óptica, Nussenzveig graduou-se em 1954 e obteve doutorado em física em 1957 pela Universidade de São Paulo (USP). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Física de 1981 a 1983 e membro da União Internacional de Física Pura e Aplicada, nos Estados Unidos, de 1987 a 1993.
Herch era membro da Academia Mundial de Ciências (TWAS, na sigla em inglês) e da Sociedade Americana de Física, além de membro fundador (1982) da Academia de Ciências da América Latina (Acal). Ele apoiou a construção de centros de pesquisa relevantes para a pesquisa em física no Brasil, e ao longo de sua trajetória, foi homenageado por diversos prêmios. Venceu o Prêmio Max Born, em 1986, concedido pela Sociedade Óptica dos Estados Unidos, o Prêmio Álvaro Alberto em Física e a Ordem Nacional do Mérito Científico – Categoria Grã Cruz, ambos concedidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) em 1995, além do Prêmio Jabuti (1999), concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Pesquisador emérito do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), seus estudos englobaram aproximações uniformes, com base em nova formulação da teoria de momento angular complexo, de todos os efeitos sem clássicos de difração no espalhamento Mie, causalidade e analiticidade, novas regras de soma para as constantes ópticas, modos transientes, atraso temporal no espalhamento, modelos solúveis de emissão espontânea e perdas de transmissão no laser, teoria das forças de captura exercidas por pinças ópticas e sua calibração absoluta, extração de nanotubos de membrana celular e propriedades elásticas da membrana, nanotubos de tunelamento e forças de Casimir.