Atividade marcou o penúltimo dia do evento na UFPA em Belém
Nesta quinta-feira (23), a décima edição da Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), realizada na UFPA em Belém, viveu seu penúltimo dia de atividades. O destaque do dia foi a mesa redonda “Ensino e aprendizagem em matemática”, que discutiu pontos de melhoria na relação entre professores e alunos e na transferência do conhecimento na área.
A mesa foi mediada pela professora Walcy Santos, da UFRJ e membra da Diretoria da SBM, e teve como convidados os professores Victor Giraldo, também da UFRJ, Yuriko Baldin, da UFSCar, e Carlos Miguel Ribeiro, da Unicamp.
Os três trouxeram reflexões sobre os métodos de ensino de Matemática no Brasil, perpassando do ensino básico ao superior, e apresentaram caminhos de melhoria e da desmistificação da Matemática como uma área que se isola das outras por ser complexa demais. “Precisamos aprender a ensinar que a fobia pela Matemática não é correta. A Matemática é um patrimônio, um tesouro da humanidade”, resumiu Yuriko, que apresentou estratégias e esquematizações para que o processo de ensino contemple todas as etapas do conhecimento.
Carlos Miguel também levantou pontos de discussão sobre a atuação dos professores de Matemática em todos os níveis. “Será que nós, professores, nos vemos como professores de Matemática? Ser matemático é ensinar Matemática ou fazer pesquisa em Matemática? Saber fazer não é o suficiente para saber ensinar”, comentou.
Um comentário uníssono dos pesquisadores foi a respeito da dificuldade de se conseguir aperfeiçoar o ensino, mesmo com a falsa impressão de que os caminhos são óbvios. “Se para formar um professor bastasse entupi-lo de conteúdo ou de pedagogia, seria fácil. Se o problema fosse simples, já estaria resolvido. A Educação é uma área de pesquisa, assim como a própria Matemática”, refletiu Victor.
Confira a íntegra da mesa redonda “Ensino e aprendizagem em matemática” na X Bienal da SBM: