Conferência apresentou palestras e debates de maneira a reforçar a importância da disciplina nos tempos modernos; evento similar deve acontecer na Europa em 2024
A Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) organizou, no fim de abril, uma conferência científica realizada na Embaixada da Itália, em Brasília. O evento, que contou com a participação de Mercedes Bustamante e Ricardo Galvão, Presidentes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), respectivamente, reuniu mais de 150 pesquisadores e trouxe o debate sobre os desafios contemporâneos da área.
A conferência faz parte do calendário da 6ª Edição do Dia da Jornada Italiana de Pesquisa no Mundo. Paolo Piccione e Jaqueline Mesquita, Presidente e Vice da SBM, acompanharam o evento in loco. O embaixador da Itália no Brasil, Francesco Azzarello, lembrou a profunda colaboração na área de matemática entre pesquisadores das duas nações, que remonta aos anos 1930.
O painel de abertura do evento envolveu palestras sobre acordos e cooperação científica entre os dois países. Márcia Barbosa, secretária de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), destacou o papel da matemática como uma linguagem compreendida de maneira universal. “A matemática é um instrumento para conseguirmos ampliar nossa indústria de fronteira”, declarou, reforçando que a área foi inserida de forma estratégica no MCTI.
Hoje, no Brasil, a Olimpíada de Matemática é a maior entre as mais de 100 competições de conhecimentos científicos. Na última edição reuniu 18 milhões de estudantes, porém apenas 17% das medalhistas de ouro são mulheres.
Por isso, Márcia aponta como meta a curto prazo a criação de iniciativas para estimular as adolescentes para o ingresso na área. “O MCTI anunciou projeto nas escolas que vai incentivar meninas nas áreas de ciência, tecnologia, matemática e engenharia. Queremos mais mulheres e diversidade nesse meio”, completou.
Um estudo de 2020 mostrou que, entre 2015 e 2019, a Itália foi o sexto país do mundo em colaborações internacionais – patamar atingido por conta das pesquisas publicadas em parceria com pesquisadores brasileiros. Além disso, o Brasil é o quarto a ter acordos acadêmicos com universidades italianas.
“Tudo isso ajuda muito as relações entre os dois países em todas as áreas, especialmente à economia e à indústria”, afirmou Azzarello. “Em 2024, um evento similar deverá ser realizado na Itália”, completou o embaixador.
A próxima roda de debates sobre o tema ocorrerá na Universidade de Brasília (UnB). Paolo Piccione, Presidente da SBM, já confirmou sua presença no evento.
PARCERIAS/DIVULGAÇÃO DA MATEMÁTICA
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