Autores: Gabriel Viana da Conceição, Débora Alfaia da Cunha
Resumo:
O saber matemático é um conhecimento indispensável na formação do indivíduo. Frente a essa perspectiva, busca-se desmistificar a matemática como um saber distante da realidade, acessado apenas por algumas ilustres pessoas, o que obviamente é um grande equívoco. Assim, o texto volta-se para a exposição das ações extensionistas do projeto Ludicidade Africana e Afro-Brasileira (LAAB), provocando um olhar mais contextualizado das noções matemáticas nas culturas afro-brasileiras e dos povos indígenas. Tal projeto vincula-se ao Campus Universitário da Universidade Federal do Pará (UFPA) em Castanhal do Pará, e realiza ações extensionistas desde 2011. No ano de 2019, voltou-se as atividades para o âmbito da matemática, desde produção de materiais didáticas, atividades práticas, como jogos de origem africana e outros elementos. A elaboração das atividades fundamenta-se nas contribuições bibliográfica sobre a matemática do continente africano de Paulus Gerdes (2012) e no estudo da etnomatemática de Ubiratan D’ambrósio (1996; 2005). Além disso, todos os momentos se fundamentaram nas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e caminham de acordo com a Lei 11.645/08. Durante a pandemia COVID-19, as ações extensionistas passaram a utilizar mais elementos computacionais, como ambientes virtuais e o Geogebra, para maximizar a interação em eventos e cursos à distância. Todas as diferentes ações, em ambientes reais e virtuais, tiveram por horizonte a compreensão de que as aulas de matemática são espaços que podem e devem ser pensados para vivenciar a diversidade cultural e combater o preconceito em suas diferentes e perversas formas.